Hσяα Cєятα.

quarta-feira, outubro 27, 2010


Para refletirem (Casamento)

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Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua


mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e

jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que

dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o

assunto calmamente.
Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente

perguntou em voz baixa: "Por quê?"
Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os

talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não

conversamos mais. Pude ouvi-la chorando. Eu sabia que ela queria um

motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta

satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela

mais e sim a outra mulher. Eu simplesmente não a amava mais, sentia

pena dela.

Sentindo-me muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando

para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com

quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu

fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia, mas eu não

voltaria atrás do que disse, pois amava a outra mulher profundamente.

Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era

esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão

por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim

estava mais perto agora.



No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na


mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi

imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a

outra mulher.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa,

escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.
Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria

nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela

pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de

forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso

filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente

propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o

rompimento de seus pais.




Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me


lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no

dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a

carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela

estava completamente louca, mas aceitei sua proposta para não tornar

meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a outra mulher sobre o pedido da minha esposa e ela riu

muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo

condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação

e aceitar o divórcio", disse a outra mulher em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito

tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia

foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai

está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram

constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de

entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha

esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o

nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e

então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da

casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o

escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu

peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi

que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente

tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto,

seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve

muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia

feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior

com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a

mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada à outra mulher, mas

ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da

casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício,

pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou

uma série deles, mas não conseguia achar um que servisse. Com um

suspiro, ela disse: "Todos os meus vestidos estão grandes para mim".

Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a

facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... Ela carrega

tanta dor e tristeza em seu coração... Instintivamente, eu estiquei o

braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora

de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão

todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa

abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos

segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que

estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus

braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da

casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o

meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.



Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a


segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas

pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando

estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade

com o tempo".

Eu não consegui dirigir para o trabalho... Fui até o meu novo futuro

endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia...

Subi as escadas e bati na porta do quarto. Quando ela abriu a porta e

eu lhe disse: "Desculpe, eu não quero mais me divorciar".

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com

febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti: "Desculpe, eu não

vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos

valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor.

Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia

do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte

nos separe.

Ela então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a

porta na minha cara e pude ouvi-la chorando compulsivamente. Eu voltei

para o carro e fui trabalhar.


Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê


de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria

de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus

braços todas as manhãs até que a morte nos separe".


Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e

um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde

encontrei minha esposa deitada na cama - morta.

Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando há vários meses,

mas eu estava muito ocupado com a outra mulher para perceber que havia

algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar

nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida

juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda

manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num

relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro

no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não

proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser

amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para

mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!


Queridos...Esta história é muito importante...
Viva cada momento ao lado de sua Família...
Nunca sabemos o dia de amanhã, pode ser tarde demais.
 
 

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